Fazer do programa um software GNU significa contribuir explicitamente para o Projeto GNU. Isso acontece quando os desenvolvedores do programa e o Projeto GNU concordam em faze-lo. Se você estiver interessado em contribuir um programa para o Projeto GNU, por favor escreva para <maintainers@gnu.org>.
Alguns propuseram alternativas para a GPL que requerem que versões modificadas passem pelo autor original. Durante o tempo em que o autor original seja capaz de dar conta das necessidades de manutenção, isso pode funcionar bem na prática, mas se o autor parar (mais ou menos) para fazer alguma outra coisa ou não atender à todas as necessidades dos usuários, esse sistema cai por terra. Além dos problemas práticos, esse sistema não permite que usuários colaborem mutuamente.
Algumas vezes o controle sobre versões modificadas é proposto como uma forma de evitar confusão entre várias versões feitas por usuários. Na nossa experiência, essa confusão nã é um grande problema. Muitas versões do EMACS apareceram fora do Projeto GNU, mas os usuários podem diferencia-las. A GPL requer que o autor ou autora de uma versão ponha o seu nome nela, para distingui-la de outras versões e proteger a reputação de outros mantenedores.
Mas se você disponibilizar a versão modificada para o público de qualquer forma, a GPL requer que você torne o código fonte disponível para os usuários, sob os termos da GPL.
Portanto, a GPL dá permissão para se disponibilizar o programa modificado de algumas formas, mas não de outras formas; mas a decisão disponibilizar ou não o programa depende de você.
Se você distribuir binários comercialmente, sem estarem acompanhados do código fonte, a GPL diz que você deve acrescentar uma oferta por escrito de distribuição posterior do código fonte. Quando os usuários redistribuirem não comercialmente os binários que receberam de você, eles devem passar adiante uma cópia dessa oferta por escrito. Isso significa que pessoas que não obtiveram os binários diretamente de você ainda podem receber cópias do código fonte, junto com a oferta por escrito.
A razão pela qual nós exigimos que essa oferta seja válida para quaisquer terceiros é para que pessoas que tenham recebido os binários indiretamente dessa forma possam obter o código fonte de você.
Você deve prover o código fonte num meio físico, se alguém o pedir. Isso implica em envia-lo pelo correio.
Você pode oferecer às pessoas uma forma de cópiar o código fonte correspondente por FTP, em adição à opção de pedido pelo correio. Acesso por FTP pode ser conveniente para usuários, ou pode não ser. Se o acesso por FTP for conveniente o suficiente, talvez ninguém opte por pedir uma cópia pelo correio, e você nunca terá que enviar uma. Bom para você. Mas se alguém escolher pedir uma cópia do código fonte, voce precisa atender.
A GPL é uma licença de software livre, e portanto ela permite que as pessoas usem e até redistribuam o software sem ter que pagar a ninguém uma taxa por fazer isso.
Poderia ser tentador incluir uma URL que aponte para a licença, no lugar da licença em si. Mas você não pode ter certeza de que a URL ainda será válida em cinco ou dez anos. Vinte anos no futuro, URLs como nós as conhecemos hoje podem nem sequer existir mais.
A única forma de ter certeza de as pessoas que têm cópias do programa continuarão a poder ver a licença, a despeito de todas as mudanças que possam ocorrer na rede, é incluir uma cópia da licença com o programa.
O preâmbulo e as instruções adicionam cerca de 5000 caracteres, menos de 1/3 do tamanho total da GPL. Eles não serão uma parte substâncial do tamanho do pacote de software, a não ser que o pacote em si seja bem pequeno. Neste caso, você pode usar uma licença simples, vale tudo, ao invés da GNU GPL.
Para algumas licenças, a forma em que a combinação é feita pode afetar o fato de elas serem ou não compatíveis--por exemplo, elas podem permitir ligar dois módulos juntos, mas não permitir fundir seu código em um único módulo.
A GPL permite uma tal combinação, desde que ela seja disponibilizada sob a GNU GPL. A outra licença é compatível com a GPL somente se ela permitir isso também.
Entretanto, como uma exceção especial, o código fonte distribuido não precisa incluir nada que seja normalmente distribuido (quer na forma binária como na forma de fonte) com os componentes comuns (compilador, kernel, e assim por diante) do sistema operacional no qual o executável roda, exceto se aquele componente acompanhar o executável no pacote.
Então, você não precisa fazer nada de espcial para usa-las. Em outras palavras, se as bibliotecas que você precisa vem como componentes importantes de um sistema operacional proprietário, a GPL diz que você pode ligar seu programa a elas.
Se você quer ligar seu programa a uma biblioteca não coberta por essa exceção, você precisa adicionar sua própria exceção, separadamente da GPL. Esta nota de copyright e nota de licença dá permição de ligação com a biblioteca FOO:
Copyright (c) aaaa <nome do detentor do copyright> Este programa é software livre; você pode distribui-lo e/ou modifica-lo sob os termos da GNU General Public License conforme publicada pela Free Software Foundation; quer a versão 2 da Licença, ou (a seu critério) qualquer versão posterior. Este programa é distribuido com a esperança de que ele será útil, mas SEM QUALQUER GARANTIA; nem mesmo a garantia implicita de VENDABILIDADE ou de ADEQUAÇÃO PARA ALGUM PROPÓSITO PARTICULAR. Veja a GNU General Public License para maiores detalhes. Você deveria ter recebido uma cópia da GNU Genral Public License com este prorama; se não, escreva para a Free Software Foundation INC., 59 Temple Race, Fifth Floor, Boston, MA 02110-1301 USA Em adição, como uma exceção especial, <nome do detentor do copyright> dá permissão de ligar o código deste programa com a biblioteca FOO (ou com versões modificadas de FOO que usem a mesma licença que FOO), e a distribuir combinações ligadas incluindo as duas. Você precisa obedecer a GNU General Public License em todos os aspetos para todo o código usado outro que FOO. Se você modificar este arquivo, você pode extender esta exceção para a sua versão do arquivo, mas você não é obrigado a faze-lo. Se você não desejar faze-lo, apague este paragrafo da sua versão.
Apenas os detentores do copyright para o programa podem legalmente autorizar esta exceção. Se você escreveu o programa pessoalmente, então, assumindo que seu empregador ou sua escola não reclame o copyright, você é o detentor do copyright -- então você pode autorizar a exceção. Mas se você quiser usar partes de outros programas cobertos pela GPL, escritos por outras pessoas, no seu código, você não pode autorizar a exceção por eles. Você tem que obter a aprovação dos detentores do copyright daqueles programas.
Quando outras pessoas modificam o programa, elas não tem que fazer a mesma exceção para o código delas -- é opção delas faze-lo.
Adicionar esta exceção elimina a questão legal, mas não faz nada quanto a questão mais séria que constitui o uso de uma biblioteca não livre: seu programa não será plenamente utilizável num ambiente livre. Se o seu programa depende de uma biblioteca não-livre para executar uma dada tarefa, ele não pode executar essa tarefa no Mundo Livre. Se ele depende de uma biblioteca não livre para rodar, ele não pode ser parte de um sistema operacional livre tal como o GNU; está inteiramente fora dos limites do Mundo Livre.
Então por favor considere: você pode achar um jeito de executar a tarefa sem usar essa biblioteca? Você pode escrever um substituto para essa biblioteca?
Se o programa já estiver escrito usando a biblioteca não livre, talvez seja tarde demais para mudar a decisão. Você pode disponibilizar o programa como ele está, em vez de não disponibiliza-lo. Mas por favor mencione no README que a necessidade da biblioteca não-livre é uma falha, e sugira a tarefa de alterar o programa de forma que ele faça o mesmo trabalho sem a biblioteca não livre.
Por favor também nos conte (<tasks@gnu.org>) sobre a biblioteca não livre e sobre que tarefa ela executa. Nos encorajaremos as pessoas a desenvolver uma biblioteca livre para fazer a mesma tarefa.
Entretanto, registrar o copyright nos Estados Unidos pode ser uma idéia muito boa. Isso dará a você mais força ao lidar com um infrator naquele país.
O caso em que alguém mais pode possivelmente vir a reclamar o seu copyright é se você é um empregado ou estudante; então o empregador ou a escola poderia dizer que você fez o trabalho para eles e que o copyright pertence a eles. Se isso seria algo válido dependeria das circunstâncias, tais como as leis do lugar onde você vive, e do seu contrato de trabalho, e do tipo de trabalho que você faz. É melhor consultar um advogado se houver a menor dúvida.
Se você acha que o empregador ou a escola poderiam ter a posse de seu trabalho, você pode resolver o problema às claras obtendo uma nota de dispensa do copyright assinada por um funcionio devidamente autorizado da sua escola ou companhia. (Seu chefe imediato ou um professor normalmente NÃO está autorizado a assinar tal nota).
Se você perceber qualquer chance de que sua escola possa se recusar a permitir que seu programa seja disponibilizado como software livre, o melhor a fazer é levantar a questão o quanto antes. Quanto mais próximo o programa estiver da funcionalidade, mais a administração poderá se sentir tentada a toma-lo de você e termina-lo sem você. Em um estágio anterior, você tem mais chances.
Então nós recomendamos que você se aproxime deles quando o programa estiver apenas pela metade, dizendo -- Se vocês concordarem em publicar isto como software livre, então eu o terminarei. -- Não pense nisso como um blefe. Para prevalescer, você precisa ter a coragem de dizer --meu programa terá liberdade ou nunca nascerá.
A licença que vem na sua cópia, assumindo-se que ela tenha sido colcada pelo detentor do copyright, e que você tenha obtido a cópia de forma legitima, é a que se aplica para a sua cópia.
Entretanto, se o desenvolvedor fizer algo que seria uma violação da GPL se feito por alguma outra pessoa, ele certamente vai perder qualquer moral na comunidade.
Alguns programas copiam parte deles mesmos na sua saída por razões técnicas --por exemplo, o Bison copia um programa padrão em seu arquivo de saída. Em tais casos, o texto copiado na saída é coberto pela mesma licença que cobre esse trecho no código fonte. Ao mesmo tempo, a parte da saia que é derivada da entrada do programa herda o status de copyright da entrada.
Como isso acontece, o Bison também pode ser usado para desenvolver programas não livres. Mas isso é porque decidimos explcitamente permitir o uso do programa padrão nos arquivos de sáida do Bison sem restrição. Nós tomamos essa decisão por que outras ferramentas comparáveis ao Bison já permitiam o uso para programas não livres.
Observe, entretanto, que não há nenhum princípio mundialmente válido sob o que constitui "uso justo"; que tipos de uso são considerados "justos" é algo que varia de país para país.
Assim sendo, a única forma que você tem de dizer algo sobre a saída é se partes substanciais dessa saída sejam copiadas (mais ou menos) de texto no seu programa. Por exemplo, parte da saída do Bison (veja acima) poderia ser coberta pela GNU GPL, se nós não tivessemos feito uma exceção para esse caso específico.
Você poderia fazer artificialmente com que um programa copiasse algum texto em sua saída mesmo quando não houvesse razão para faze-lo. Mas se aquele texto não servir para nenhum propósito prático, o usuário poderia simplesmente deleta-lo da saída e usar apenas o resto. Então ele não teria que obedecer às condições de redistribuição do texto copiado.
Mas você pode dar permissão adicional para o uso do seu código. Você pode, se desejar, distirbuir seu programa sob uma licença que seja menos restrita, mas compatível com a GPL. A página de listagem de licenças fornece uma lista parcial das licenças compatíveis com a GPL.
Entretando, quando o interpretador é extendido para providenciar "amarrações" (bindings) a outros recursos (frequentemente, mas não necessariamente, bibliotecas), o programa interpretado passa a estar efetivamente ligado aos recursos que ele utiliza por meio dessas amarrações.Portanto, se esses recursos estão disponibilizados sob a GPL, o programa interpretado que os usa precisa ser disponiblizado de uma forma compatível com a GPL. A JNI, ou Java Native Interface (Interface Nativa do Java) é um exemplo de tais recursos; bibliotecas que são acessadas dessa forma são ligadas dinamicamente aos programas em Java que as chamam.
Um outro caso similar, muito comum, é prover bibliotecas, com o interpretador, que sejam elas mesmas interpretadas. Por exemplo, Perl vem com muitos módulos de Perl, e uma implementação de Java vem com muitas classes de Java. Essas bibliotecas e os programas que as chama sempre estão ligados dinamicamente.
A consequência é que se você optar por usar módulos Perl ou classes de Java sob a GPL em seu programa, você precisa disponibilizar o programa de alguma forma compatível com a GPL, qualquer que seja a licença usada no interpretador Perl ou Java em que o programa combinado vai rodar.
Você não pode impor quaisquer outras restrições ao exercício, pelo usuário, dos direitos garantidos nesta licença.
A cláusula sobre propagandas provê apenas uma tal restrição, e portanto é incompatível com a GPL.
A licença BSD revisada não tem mais a cláusula sobre propaganda, o que elimina o problema.
Se o programa se liga dinâmicamente aos plugins, e eles fazem chamadas de funções entre si, e dividem estruturas de dados, nós acreditamos que eles formem um único programa, de forma que plug-ins devem ser trados como extensões do programa principal. Isso significa que eles tem que ser disponibilizados sob a GPL, ou uma licença de software livre compatível com a GPL.
Se o programa se liga dinamicamente aos plug-ins, mas a comunicação entre eles se limita a invocação da função 'main' (principal) do plug-in, com alguns parâmetros e esperar ela retornar, este é um caso de fronteira.
Se o programa se liga dinamicamente a plug-ins, e eles fazem chamadas de funções entre si e dividem estruturas de dados, nós acreditamos que eles formam um único programa, portanto, plug-ins devem ser tratados como extensões do programa principal. Isso significa que ligar o plugin coberto pela GPL com o programa principal violaria a GPL. Entretando, você pode resolver esse problema legal adicionando uma exceção à licença do seu programa, que de a ele permissão para se ligar com o programa principal não-livre.
Para mais detalhes, veja a pergunta acima que começa com "Eu estou escrevendo software livre que usa uma biblioteca não livre".
Você sempre tem a alternativa legal de não usar o nosso código.
Combinar dois módulos significa conecta-los de forma que eles agora formam um único programa maior. Se qualquer das partes for coberta pela GPL, toda a combinação também precisa ser disponibilizada sob a GPL --se você não puder ou não quiser fazer isso, então você não pode combina-las.
Em que se constitue combinar duas partes de um programa? Está é uma questão legal, que em última instância, os juízes decidirão. Nós acreditamos que um critério apropriado dependeria do mecanismo de comunicação (exec, pipes, rpc, chamadas a funções em um endereço compartilhado, etc.) e da semântica da comunicação (quais tipos de informação são trocados).
Se os módulos são incluídos no mesmo arquivo executável, então eles estão definitivamente combinados em um único programa. Se os módulos são desenhados para rodarem ligados juntos num espaço de endereçamento compartilhado, isso quase com certeza significa combina-los num único programa.
Em contraste, pipes, sockets e argumentos de linha de comando são mecanismos de comunicação normalmente utilizados entre programas separados. Mas se a semântica das comunicações for íntima o suficiente, trocando complexas estruturas de dados internas, isso também seria base para considerar as duas partes combinadas num programa maior.
Nós também pedimos a contribuidores individuais que consigam as notas de dispensa de copyright de seus empregadores (se há algum) de forma que nós possamos ter certeza de que aqueles empregadores não possam reclamar a posse dessas contribuições.
Claro que se todos os contribuidores colocarem seu código em domínio público, também não haverá copyright com o qual fortalecer a GPL. Então nós encorajamos as pessoas a atribuirem copyright a contribuições grandes de código, e a colocar apenas pequenas modificações no dominio público.
Se você quer fazer um esforço para fortalecer a GPL no seu programa, provavelmente é uma boa idéia para você seguir uma política similar. Por favor, contate <licensing@gnu.org> se você deseja mais informação.
Estes requisitos são a condição para incluir o código coberto pela GPL que você recebeu em seu próprio programa.
Entretanto, para manuais e livros texto, ou de forma mais geral para qualquer tipo de trabalho cujo objetivo seja ensinar um assunto, nós recomendamos que se use a GFDL, ao invés da GPL.
Um sistema que incorpore um porgrama coberto pela GPL é uma versão extendida daquele programa. A GPL diz que qualquer versão extendida do programa precisa ser disponibilizada sob a GPL, se ela for disponibilizada. Isso ocorre por duas razões: para se assegurar de que os usuários que obtenham o software tenham a liberdade que eles devem ter, e encorajar as pessoas a devolverem para a comunidade as melhorias que elas façam.
Entretanto, em qualquer caso você pode distribuir o software coberto pela GPL junto com o seu sistema proprietário. Para fazer isso de forma válida, você deve estar certo de que programas livres e não livres se comuniquem a uma distância segura, de forma que eles não estejam combinados de um jeito que faria deles efetivamente um único programa.
A diferença entre isso e "incorporar" o software coberto pela GPL é em parte uma questão de subtância e em parte de forma. A parte substantiva é: se dois programas estão combiandos de forma que eles se tornam efetivamente partes de um único programa, então você não os pode tratar como dois programas separados. Portanto a GPL tem que cobrir todo o conjunto.
Se os dois programas permanecem bem separados, como o compilador e o kernel, ou como um editor e uma shell, então você pode trata-los como dois programas separados--mas você tem que fazer isso da maneira correta. A questão é simplesmente formal: como você descreve o que você está fazendo. Por que nos importamos com isso? Por que nós queremos assegurar que os usuários entendam perfeitamente a condição livre dos softwares cobertos pela GPL na coleção.
Se as pessoas fossem distribuir software coberto pela GPL chamando o mesmo de "parte" de um sistema que os usuários sabem que é em parte proprietário, eles poderiam ficar incertos quanto aos seus direitos no que diz respeito ao software da GNU. Mas se eles sabem que o que eles receberam é um programa livre, mais um outro programa, lado a lado, então seus direitos serão claros.
Primeiro, uma mais geral. Se nós permitissemos que a companhia A fizesse um arquivo proprietário, e que a companhia B distribuisse software coberto pela GPL ligado àquele arquivo, o efeito seria um buraco grande o suficiente na GPL para passar com um caminhão. Isso seria carta branca para se manter o controle do código de todos os tipos de modificações e extensões para código coberto pela GPL.
Dar acesso ao código fonte para todos os usuários é um de nossos objetivos principais, então essa consequencia é algo que nós queremos evitar.
De forma mais específica, as versões dos programas ligadas com as bibliotecas da Come Grana não seriam software livre como nós entendemos o termo -- elas não viriam com todo o código fonte que permite aos usuários mudar e recompilar o programa.
Quando um usuário diz que ele quer o código fonte, você tem que se certificar de entregar o fonte para aquele usuário. Se algum usuário em particular pode pegar o fonte de você por FTP anônimo, tudo bem--o serviço está feito. Mas nem todo usuário está numa rede. Os demais usuários também tem todo o direito de obter o código fonte de você. Portanto você tem que estar pronto para lhes enviar, num disco ou fita por correio normal.
Claro que é mais fácil simplesmente mandar o código fonte junto com o binário na distribuição.
Note, entretanto, que não é suficiente encontrar um site que por acaso tem o código fotne disponível hoje, e dizer às pessoas para olharem lá. Amanhã aquele site pode ter apagado aquele código fonte, ou simplesmente o substituido comuma versão mais nova do mesmo programa. Então você não mais estaria de acordo com as exigências da GPL. Para fazer um esforço razoável para cumprir com as mesmas, você precisa fazer um acordo positivo com o outro site, e assim se assegurar de que o código fonte vai estar disponível lá por tanto tempo quanto você mantenha os binários disponíveis.
Parte da idéia do software livre é que os usuários devem ter acesso ao código fonte dos *programas que eles usam*. Aqueles usando a sua versão devem ter acesso ao código fonte da sua versão.
Um grande objetivo da GPL é construir o Mundo Livre certificando-se de que melhoramentos a um porgrama livre sejam eles mesmos livres. Se você publica uma versão melhorada de um programa coberto pela GPL, você deve publicar tambem o código fonte melhorado sob a GPL.
Um usuário que queira o código fonte daqui a um ano pode não estar possibilitado de obter a versão apropriada da FSF então. Nós podemos ter uma versão mais nova, mas os mesmos diffs provavelmente não funcionarão com essa versão.
Portanto você precisa prover os fontes completos, não apenas os diffs, junto com os binários.
Portanto, se você quer distribuir os binários por FTP anônimo, você tem que distribuir os fontes junto. Isso não deveria ser difícil Se você pode encontrar um site para distribuir o seu programa, você com certeza pode encontrar algum que tenha espaço para os fontes.
Os fontes que você prove precisam corresponder exatamente aos binários. Em particular, voce deve se certificar de que eles são da mesma versão do programa--não de uma versão mais antiga e não de uma versão mais nova.
Você pode deixar os fontes e os binários disponíveis em máquinas diferentes, desde que seja igualmente fácil acessar cada uma das duas, e desde que você tenha provido, junto aos binários, a informação sobre onde achar os fontes.
Nossas exigências para redistribuidores tem a intenção de garantir que os usuários possam obter o código fonte, não de forçar os usuários a baixarem o código fonte mesmo que eles não queiram.
Algumas vezes uma retirada localizada é uma boa estratégia. Algumas vezes, usar a LGPL pode levar a um uso mais abrangente daquela biblioteca, e assim, mais melhoramentos para ela, maior suporte para o software livre, e assim por diante. Isso pode ser bom para o software livre se acontecer em grande extensão. Mas em que extensão isso vai acontecer? Nós podemos apenas especular.
Seria interessante tentar a LGPL em cada biblioteca por um tempo, ver se ajuda, e mudar de volta para a GPL se a LGPL não ajudou. Mas isso não é factível. Uma vez que nós tenhamos usado a LGPL para uma dada biblioteca, mudar de volta seria muito difícil.
Então nós decidimos que licença usar para cada biblioteca caso por caso. Há uma explicação longa de como nós julgamos a questão.
Maximizar o número de usuários não é o nosso objetivo. Em vez disso, nós tentamos garantir liberdades cruciais a tantos usuários quanto possível. Em geral, projetos de software proprietário mais atrapalham do que ajudam a causa da liberdade.
Nós ocasionalmente fazemos exceções da licença para auxíliar um projeto que esteja produzindo software livre sob uma licença outra que a GPL. Entretanto, nós temos que ver uma boa razão do porque isso vai contribuir para a causa do software livre.
Algumas vezes nós também mudamos os termos de distribuição de um pacote, quando isso parece claramente ser a maneira certa de servir à causa do software livre, mas no somos muito cautelosos com isso, e você terá que nos dar razões bastante convincentes.
Se cada programa não tivesse esse ponteiro indireto, nós seriamos forçados a discutir a mudança com numerosos detentores de copyright, o que seria virtualmente impossível. Na prática, as chances de houvessem termos uniformes para a distribuição de software da GNU seria nula.
Suponha que um programa diga "Versão 2 da GPL ou qualquer versão posterior" e uma nova versão da GPL seja publicada. Se a nova versão da GPL der alguma permissão adicional, aquela permissão estará disponível imediatamente para todos os usuários do programa. Mas se a nova versão da GPL tiver exigências maiores, elas não restringirão usuários da versão corrente do programa, por que ele ainda pode ser usado sob a versão 2 da GPL. Quando um programa diz "Versão 2 da GPL ou qualquer versão posterior", usuários sempre poderão usa-lo, e mesmo modifica-lo, de acordo com os termos da versão 2--mesmo depois que versões posteriores da GPL estiverem disponíveis.
Se uma exigência maior numa nova versão da GPL não precisa ser obedecida para software existente, como ela serve para alguma coisa? Uma vez que a versão 3 da GPL seja publicada, os desenvolvedores da maior parte dos programas cobertos pela GPL disponibilizarão versões subsequentes de seus programas especificando "Versão 3 da GPL ou qualquer versão posterior". Então usuários terão que respeitar essas exigências maiores na versão 3 da GPL, para versões subsequentes do programa.
Entretanto, os desenvolvedores não são obrigados a fazer isso; desenvolvedores podem continuar permitindo o uso da versão prévia da GPL, se essa for a sua preferência.
A GPL foi desenvolvida para progrmas; ela contém muitas cláusulas complexas que são importantes para programas, mas que são peso morto para um livro ou manual. Analogamente, a GFDL contém cláusulas que ajudam editores de manuais livres a terem lucro com eles.
Nós permitimos alterações nos textos que cobrem assuntos técnicos, mas nós não permitimos alterações em sessões que coloquem nossa posição legal, política ou ética. Nós fazemos isso listando explicitamente as sessões que não podem ser alteradas. A GFDL faz provisões para essas "sessões invariantes"--a GPL não as permitiria.
É importante permitir modificações nas partes técnicas, porque as pessoas que alteram um programa deveriam alterar a documentação para que essa correspondesse às mudanças feitas. Nós não podemos exigir que elas façam isso, mas se nós esperamos que elas o façam, é melhor que nós não fiquemos em seu caminho.
Um documento legal é de alguma forma parecido com um programa. Traduzi-lo é como traduzir um programa de uma linguagem e sistema operacional para outra. Apenas um advogado com habilidade nas duas línguas poderia faze-lo--e mesmo assim há o risco de se introduzir um bug.
Se nós fossemos aprovar, oficialmente, uma tradução da GPL, nós poderiamos estar dando a todas as pessoas a permissão de fazer tudo o que a tradução diz que elas podem fazer. Se for uma tradução completamente fiel a original, tudo bem. Mas se houver um erro na tradução, o resultado poderia ser um desastre que nós não teriamos como consertar.
Se um programa tem um bug, nós podemos disponibilizar uma nova versão, e eventualmente a versão velha vai mais ou menos desaparecer. Mas uma vez que nós tenhamos dado a todo mundo a permissão para agir de acordo com alguma tradução particular, nós não temos nenhuma maneira de tirar essa permissão se nós descobrirmos, mais tarde, que ela tinha um bug.
Pessoas prestativas algumas vezes se oferecem para fazer a tradução por nós. Se o problema fosse encontrar alguém para fazer a tradução, isso o resolveria. Mas o problema real é o risco de erro, e se oferecer para fazer o trabalho não evita o risco. Nós não poderiamos em qualquer hipótese autorizar uma tradução feita por um não advogado.
Portanto, no tempo presente, nós não estamos aprovando traduções da GPL como globalmente válidas e funcionais. Ao invés disso nós estamos fazendo duas coisas:
Isso significa que nós permitimos que as pessoas escrevam traduções da GPL, mas nós não as aprovamos como legalmente válidas e funcionais.
Uma tradução não aprovada não tem força legal, e ela deve dizer isso explicitamente. Ela deve estar marcada assim:
Esta tradução da GPL é informal, e não aprovada oficialmente pela Free Software Foundation como válida. Para ter certeza do que é permitido, refira-se à GPL original (em inglês).
Mas a tradução não aprovada pode servir como uma dica de como entender a GPL em inglês. Para muitos usuários, isso é o suficiente.
Entretanto, empresas usando software GNU em atividades comerciais, e pessoas fazendo distribuição pública por ftp, terão que checar a GPL real em inglês para verificar o que ela permite.
Nós estamos considerando a idéia de publicar traduções que sejam válidas oficialmente apenas para um país. Desta forma, se houver um erro, ele estará limitado àquele país, e o dano não será muito grande.
Mesmo isso ainda tomará conhecimentos e esforços consideráveis de algum advogado simpático e capaz para que tal tradução seja feita. Então nós não podemos prometer tais traduções para logo.
Entretanto, quando o interpretador é extendido para providenciar "amarrações" ("bindings") para outras facilidades (frequentemente, mas não necessariamente, bibliotecas), o programa itnerpretado está efetivametne ligado às facilidades que ele usa por meio dessas amarrações. O JNI, ou Java Native Interface é um exemplo de uma tal facilidade; bibliotecas que são acessadas dessa forma estão ligadas dinamicamente aos programas que as chamam.
Portanto, se essas facilidades estão disponibilizadas sob uma licença incompatível com a GPL a situação é como a de fazer uma ligação de qualquer outra maneira com uma biblioteca incompatível com a GPL. O que implica em que:
Algumas bibliotecas estão disponibilizadas somente sob a GNU GPL; você precisa usar uma licença compatível com a GNU GPL para usar essas bibliotecas. Mas essas normalmente são as bibliotecas mais especializadas, e você não terá qualquer coisa muito parecida com elas em alguma outra plataforma, portanto, provavelmente você não quererá fazer uso dessas bibliotecas para simplesmente portar o seu software.
Claro, seu software não é uma contribuição para nossa comunidade se ele não for livre, e pessoas que valorizam sua liberdade vão se recusar a usa-lo. O resultado é que isso funciona como uma indução as pessoas para que elas abandonem sua liberdade, e só será útil para aquelas que o tiverem feito. Se você espera algum dia olhar sua carreira retrospectivamente e sentir que seu trabalho foi mais que só um jeito de você conseguir dinheiro, isso é um chamado para tornar o seu software livre.
O que a GPL exige é que ele precisa ter a liberdade de distribuir uma cópia para você se ele desejar faze-lo.
Retorna à página inicial do GNU.
Por favor envie questões sobre a FSF & GNU para gnu@gnu.org. Também há outros meios de contatar a FSF.
Por favor envie comentários sobre essas páginas para webmasters@gnu.org, envie outras questões para gnu@gnu.org.
Copyright (C) 2001 Free Software Foundation, Inc., 51 Franklin St, Fifth Floor, Boston, MA 02110, USA
A cópia e a distribuição sem alterações deste artigo inteiro é permitida em qualquer meio, desde que esta nota seja mantida.
Traduzido por: João S. O. Bueno <gwidion@mpc.com.br>
Revisado por: Fernando Lozano <fernando@lozano.eti.br>
Atualizado: $Date: 2005/05/05 19:37:12 $ $Author: novalis $